EN 15635: A Norma Europeia que Inspirou a NBR 17150-2
Se você está lendo este artigo sobre a EN 15635, é provável que a segurança e a eficiência do seu armazém sejam prioridades. E deveriam ser!
No universo da logística, onde cada metro quadrado conta e a agilidade é rainha, as estruturas de armazenagem são a espinha dorsal de toda a operação.
No entanto, essa espinha dorsal precisa ser robusta e, acima de tudo, segura. É aqui que entra a grande importância das normas técnicas, e hoje vamos focar em uma que é referência mundial: a EN 15635.
Esta norma europeia não só estabeleceu um padrão de excelência para o uso e manutenção de sistemas de armazenagem estáticos de aço na Europa, como também serviu de inspiração direta para a nossa ABNT NBR 17150-2.
Portanto, entender a EN 15635 é fundamental para quem busca as melhores práticas globais e quer garantir a conformidade e a segurança no Brasil.
Nosso objetivo aqui é desmistificar essa norma, mostrar sua aplicação prática e evidenciar como seus princípios são fundamentais para o dia a dia de qualquer operação de armazenagem.
Quem já caminhou por um grande centro de distribuição sabe: a grandiosidade das estruturas porta-paletes impressiona muito. Contudo, essa imponência traz uma responsabilidade proporcional.
Operações de armazenagem apresentam muitos riscos. Por exemplo, materiais mal acondicionados podem cair. Em casos graves, estruturas inteiras podem colapsar.
Infelizmente, ao longo da carreira, vi situações evitáveis. Com efeito, bastaria mais atenção às diretrizes de segurança.
É justamente para mitigar esses perigos que as normas técnicas existem. Elas representam anos de estudo e experiência. Assim, são consenso entre especialistas.
Essas normas fornecem um guia claro. Elas previnem acidentes, garantindo a integridade de estruturas e mercadorias. Acima de tudo, asseguram a segurança pessoal. Uma operação segura é sempre mais eficiente e produtiva.
Nesse contexto, a norma europeia EN 15635 surge como farol. Ela constitui uma referência consolidada. Assim, ilumina as melhores práticas de armazenagem.
No Brasil, a busca por excelência e segurança culminou na NBR 17150-2. Essa norma bebeu diretamente da fonte da EN 15635.
Neste artigo, vamos mergulhar nos detalhes da EN 15635. Entenderemos seus pilares. Crucialmente, mostraremos sua incorporação no Brasil pela NBR 17150-2.
Você está preparado para essa jornada?
Para entendermos o impacto e a relevância da EN 15635, precisamos primeiro conhecer suas origens e seus objetivos fundamentais. Esta norma não surgiu do acaso; ela é fruto de um esforço colaborativo no âmbito europeu para padronizar as melhores práticas em um setor crucial para a economia.
A EN 15635 foi desenvolvida pelo CEN (Comitê Europeu de Normalização), uma organização que congrega os organismos nacionais de normalização de 34 países europeus.
Publicada inicialmente em 2008, seu objetivo central sempre foi claro: estabelecer diretrizes inequívocas para a aplicação e, fundamentalmente, a manutenção segura de sistemas de armazenagem estáticos de aço. Isso inclui desde os conhecidos porta-paletes até sistemas mais complexos.
Imagine a variedade de operações e armazéns espalhados pela Europa. Sem um padrão, cada um poderia seguir suas próprias regras (ou a ausência delas), resultando em níveis de segurança drasticamente diferentes e, consequentemente, em riscos elevados. A EN 15635 veio para unificar essa abordagem, fornecendo um manual prático para que tanto os fornecedores quanto os usuários dos sistemas de armazenagem soubessem exatamente quais são suas responsabilidades e como agir para garantir um ambiente de trabalho seguro e eficiente. Ela foca não apenas no “o quê”, mas também no “como” e no “quem”.
A robustez da EN 15635 reside em seus pilares bem definidos, que abordam os aspectos cruciais da vida útil de um sistema de armazenagem, desde a sua correta utilização até a manutenção contínua. Vamos analisar os mais importantes:
Descubra a EN 15635, norma europeia essencial para segurança em armazéns, e como ela influenciou a ABNT NBR 17150-2. Saiba mais!
Desde sua publicação, a EN 15635 rapidamente se tornou uma referência em toda a Europa e, posteriormente, influenciou normas e práticas em outros continentes.
Seu impacto foi significativo na padronização das inspeções, na conscientização sobre a importância da manutenção preventiva e na redução de acidentes em armazéns. Ao fornecer um framework claro e prático, a EN 15635 ajudou a elevar o nível de segurança das operações de armazenagem, transformando a maneira como as empresas encaram a gestão de seus ativos e a segurança de seus colaboradores. Esse reconhecimento internacional é o que nos leva diretamente à sua influência no Brasil.
Enquanto a Europa já colhia os frutos da padronização trazida pela EN 15635, o Brasil sentia a necessidade crescente de ter sua própria norma robusta, que refletisse as melhores práticas internacionais para o uso seguro de sistemas de armazenagem. A complexidade das operações logísticas em nosso país, com armazéns cada vez maiores e mais movimentados, exigia um olhar técnico e normativo mais apurado.
Historicamente, o setor de armazenagem no Brasil operou por muito tempo com uma carência de normas técnicas específicas e detalhadas para o uso e manutenção de estruturas como porta-paletes.
Embora normas de projeto como a ABNT NBR 15524 (que trata do projeto, cálculo e ensaio de sistemas de armazenagem) já existissem, faltava um guia claro sobre a operação segura no dia a dia, as inspeções periódicas e a gestão de danos – lacuna que a EN 15635 preenchia tão bem na Europa.
Essa ausência resultava, muitas vezes, em práticas heterogêneas, onde a segurança dependia mais da cultura individual de cada empresa do que de um padrão setorial.
A consequência direta era um risco aumentado de incidentes, acidentes e, claro, prejuízos financeiros e humanos. A demanda por uma norma brasileira que endereçasse esses pontos, alinhada com o que já era consagrado internacionalmente, tornou-se premente.
Foi nesse cenário que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) iniciou os trabalhos para desenvolver uma norma que atendesse a essa necessidade, e a EN 15635 foi uma inspiração natural e fundamental.
Publicada em 2023, a ABNT NBR 17150, em suas duas partes, veio para preencher essa lacuna.
A Parte 1 (ABNT NBR 17150-1) foca nos “Requisitos para o projeto e instalação de sistemas de armazenagem”, enquanto a ABNT NBR 17150-2, que é o nosso foco aqui, trata dos “Requisitos para o uso seguro de sistemas de armazenagem”. É nesta segunda parte que a influência da EN 15635 se manifesta de forma mais evidente.
A NBR 17150-2 busca, essencialmente, estabelecer um sistema de gestão da segurança para os equipamentos de armazenagem. Seus principais componentes refletem fortemente os pilares da norma europeia:
Ao analisar a estrutura e o conteúdo da NBR 17150-2, fica claro que ela não apenas se inspirou, mas efetivamente adaptou os conceitos mais robustos e testados da EN 15635 para a realidade e a linguagem técnica brasileira. Isso representa um avanço significativo para a segurança em armazéns no Brasil.
Não é exagero afirmar que a EN 15635 foi a espinha dorsal para a concepção da ABNT NBR 17150-2. Essa influência não se deu por acaso, mas pela reconhecida eficácia da norma europeia em promover ambientes de armazenagem mais seguros. Vamos detalhar como os conceitos fundamentais da EN 15635 foram transpostos e adaptados para a nossa realidade.
A sinergia entre as duas normas é evidente quando analisamos seus componentes chave. A NBR 17150-2 inteligentemente absorveu e adaptou os mecanismos que tornaram a EN 15635 tão bem-sucedida:
A Figura do PRSES (Pessoa Responsável pela Segurança do Equipamento de Armazenagem)
Este é, talvez, um dos transplantes mais diretos e importantes. A EN 15635 introduziu o conceito de uma pessoa designada e competente (PRSES) para supervisionar a segurança do equipamento de armazenagem. A NBR 17150-2 adota integralmente essa ideia, definindo as responsabilidades, a necessidade de treinamento e a autoridade dessa pessoa dentro da organização.
Ter um “guardião” da segurança das estruturas, como preconiza a EN 15635 e agora a NBR 17150-2, é um divisor de águas na gestão de riscos. Ele é o elo entre a norma e a prática diária no armazém.
Sistema de Classificação de Danos (Níveis de Risco): A metodologia de “semáforo” da EN 15635 (Verde, Âmbar, Vermelho) para classificar danos provou ser extremamente eficaz pela sua clareza e praticidade. A NBR 17150-2 adota um sistema análogo, geralmente utilizando as cores Verde, Amarelo (ou Laranja) e Vermelho, com os mesmos princípios:
Verde: Dano aceitável, monitorar.
Amarelo/Laranja: Dano requer atenção e reparo planejado, mas a área pode, com cautela, permanecer em uso ou ser parcialmente restrita.
Vermelho: Dano crítico. Descarregamento imediato e interdição da área até o reparo. Essa padronização, originada na EN 15635, oferece uma linguagem comum para avaliar riscos e tomar decisões rápidas e assertivas, evitando que danos se agravem ou causem acidentes.
Metodologia de Inspeção: A abordagem escalonada de inspeções da EN 15635 também foi uma forte inspiração. A NBR 17150-2 estabelece:
Verificações de rotina pelo usuário: Encorajando os operadores a serem os primeiros olhos da segurança.
Uma análise mais sistemática e documentada.
Uma auditoria completa do estado das estruturas, similar à “expert inspection” da EN 15635. Essa frequência e os diferentes níveis de detalhamento garantem uma vigilância constante, desde a detecção de pequenos problemas até a avaliação profunda da integridade estrutural.
A exigência da EN 15635 por sinalização clara e precisa das capacidades de carga dos sistemas de armazenagem é replicada na NBR 17150-2. Placas de carga visíveis e compreensíveis são fundamentais para evitar sobrecargas, uma das principais causas de falhas estruturais. A norma brasileira detalha as informações que essas placas devem conter, seguindo o padrão de clareza estabelecido pela EN 15635.
Além dos mecanismos específicos, a NBR 17150-2 se harmoniza com a EN 15635 em seus princípios filosóficos. Ambas as normas compartilham um foco em:
Embora a influência da EN 15635 seja predominante, é natural que a NBR 17150-2 apresente algumas adaptações para o contexto brasileiro. Estas podem incluir referências a outras normas ABNT relevantes (como as de projeto e montagem), adequações terminológicas ou considerações sobre práticas de mercado específicas do Brasil.
Contudo, enquanto o modelo europeu influencia fortemente o cerne da filosofia de segurança e os mecanismos de gestão, por exemplo, é possível sutilmente adaptar a forma como uma empresa de montagem de porta paletes interage com o cliente em termos de documentação e especificações de segurança para, assim, refletir as práticas contratuais e regulatórias locais, sempre garantindo a manutenção do espírito da EN 15635.
Em suma, a ABNT NBR 17150-2 representa um passo crucial para o Brasil, trazendo para o nosso dia a dia o que há de melhor nas práticas internacionais de segurança em armazenagem, tendo a EN 15635 como sua principal mentora.
A chegada da ABNT NBR 17150-2, fortemente inspirada pela EN 15635, não é apenas uma formalidade técnica; ela traz consigo um impacto real e transformador para a rotina e a gestão dos armazéns brasileiros.
Como alguém que já esteve no “chão de fábrica” e na mesa de planejamento, posso afirmar que a adoção desses princípios é um divisor de águas.
Adotar as diretrizes da NBR 17150-2 (e, por extensão, os ensinamentos da EN 15635) vai muito além de simplesmente “cumprir uma norma”. Os benefícios são concretos e impactam positivamente diversas áreas da operação:
Este é o benefício mais óbvio e, sem dúvida, o mais importante. Ao implementar inspeções regulares, classificar e tratar danos de forma sistemática, e treinar as equipes, as chances de colapsos estruturais, quedas de materiais e outros acidentes diminuem drasticamente. Isso significa vidas preservadas e um ambiente de trabalho onde as pessoas se sentem mais seguras.
Um sistema de armazenagem bem mantido, seguindo as orientações da EN 15635 e NBR 17150-2, dura mais. A detecção precoce de danos e os reparos adequados evitam que pequenos problemas se transformem em falhas catastróficas, protegendo o investimento realizado nas estruturas. Uma empresa de montagem de porta paletes séria sempre recomendará um plano de inspeção e manutenção alinhado a estas normas.
Estar em conformidade com a NBR 17150-2 significa não apenas atender a um requisito técnico, mas também alinhar-se com o que há de mais moderno e seguro em termos de gestão de armazéns. Isso pode ser um diferencial competitivo e, em muitos casos, atender a exigências de clientes e seguradoras.
Com procedimentos claros, como os definidos pela EN 15635, as inspeções e manutenções deixam de ser aleatórias e passam a ser planejadas e eficientes. O PRSES sabe o que procurar, como classificar e quando agir, otimizando o uso de recursos e o tempo da equipe.
Menos acidentes significam menos interrupções na operação, menos custos com reparos emergenciais, possíveis reduções nos prêmios de seguro e menor absenteísmo. A segurança, aqui, é um investimento com retorno garantido.
Apesar dos benefícios claros, a implementação efetiva dos princípios da EN 15635 e NBR 17150-2 pode apresentar alguns desafios, que precisam ser encarados com seriedade:
Superar esses desafios é perfeitamente possível com planejamento, comprometimento e o apoio de parceiros especializados, como consultorias e empresas de inspeção e manutenção que compreendam profundamente as diretrizes da EN 15635 e da NBR 17150-2.
Um dos maiores legados da EN 15635, prontamente adotado pela ABNT NBR 17150-2, é a formalização da figura do PRSES – a Pessoa Responsável pela Segurança do Equipamento de Armazenagem. Este não é apenas um título; é uma função estratégica com responsabilidades bem definidas, essencial para a manutenção de um ambiente de armazenagem seguro e em conformidade.
Conforme preconizado pela EN 15635 e detalhado na NBR 17150-2, o PRSES é o ponto focal para todas as questões relativas à segurança das estruturas de armazenagem dentro da empresa. Suas principais atribuições incluem:
O PRSES é responsável por garantir que os procedimentos de uso seguro dos sistemas de armazenagem sejam conhecidos, compreendidos e seguidos por todos os colaboradores.
Ele deve organizar e, muitas vezes, executar as inspeções visuais semanais ou mensais, documentando todas as observações e danos encontrados.
Para cada dano identificado, primeiramente aplique os critérios de risco (Verde, Amarelo/Laranja, Vermelho). Posteriormente, tome as ações apropriadas, garantindo assim o cumprimento dos prazos estabelecidos. Com efeito, isso envolve providenciar o isolamento de áreas de risco vermelho e coordenar os reparos necessários. Isso inclui providenciar o isolamento de áreas de risco vermelho e coordenar os reparos necessários.
O PRSES deve garantir que a inspeção anual por pessoa tecnicamente competente seja contratada e realizada, acompanhando o processo e analisando o relatório técnico.
Toda a documentação relativa às inspeções, danos, reparos, manutenções e treinamentos deve ser organizada e mantida atualizada pelo PRSES. Esses registros são vitais para o histórico do sistema e para auditorias.
Verificar se as informações de capacidade de carga estão atualizadas, legíveis e em conformidade com o projeto do sistema.
Identificar necessidades de treinamento para os operadores e outros envolvidos na operação dos sistemas de armazenagem, garantindo que todos estejam cientes dos riscos e dos procedimentos seguros.
Ser o contato principal para questões técnicas com fabricantes de estruturas, empresas de inspeção e empresas de reparo, como uma empresa de montagem de porta paletes que venha a realizar manutenções.
A importância desta função, delineada pela EN 15635, não pode ser subestimada. O PRSES é o “guardião” da segurança, o profissional que traduz as diretrizes da norma em ações práticas no dia a dia do armazém.
Para desempenhar seu papel com eficácia, o PRSES precisa de um conjunto específico de habilidades e conhecimentos, que vão além de uma simples designação:
Investir na formação e no empoderamento do PRSES é investir diretamente na segurança e na longevidade dos sistemas de armazenagem, seguindo as melhores práticas estabelecidas pela EN 15635.
Uma das contribuições mais tangíveis e universalmente aplicáveis da EN 15635, integralmente refletida na ABNT NBR 17150-2, é a sua metodologia clara para a inspeção e classificação de danos em estruturas de armazenagem. Este sistema não apenas padroniza a avaliação, mas também orienta as ações corretivas de forma lógica e prioritária.
O sistema de “semáforo” proposto pela EN 15635 é simples, intuitivo e altamente eficaz. A NBR 17150-2 adota uma lógica idêntica, geralmente com as seguintes classificações e ações correspondentes:
Descrição: Refere-se a danos considerados leves, que não comprometem a capacidade de carga da estrutura de forma significativa no momento da inspeção. Podem ser pequenos amassados ou arranhões que estão dentro dos limites de tolerância especificados pela norma ou pelo fabricante.
Ação Imediata: O dano deve ser registrado e fotografado. A área pode continuar em operação normal.
Acompanhamento: O componente danificado deve ser monitorado nas inspeções subsequentes para garantir que o dano não evolua. A decisão de reparar ou substituir pode ser postergada, mas o monitoramento é crucial.
Descrição: Indica danos que já ultrapassam os limites de tolerância para o nível verde e podem representar um risco à segurança se não forem tratados. Embora não exijam a interdição imediata da estrutura na maioria dos casos, são um alerta de que a capacidade de carga pode estar reduzida.
Ação Imediata: Primeiramente, você deve identificar, registrar e fotografar claramente o dano. Em seguida, avalie a área para determinar a necessidade de restringir o uso ou descarregar a estrutura. Ademais, a recomendação da EN 15635 estabelece que, uma vez que se identifique um dano “âmbar”, é preciso reparar ou substituir a seção o mais rápido possível. Portanto, não se deve recarregar a estrutura se ela estiver vazia até que se realize o reparo.
Acompanhamento: Primeiramente, você deve identificar, registrar e fotografar claramente o dano. Em seguida, avalie a área para determinar a necessidade de restringir o uso ou descarregar a estrutura. Ademais, a recomendação da EN 15635 estabelece que, uma vez que se identifique um dano “âmbar”, é preciso reparar ou substituir a seção o mais rápido possível. Portanto, não se deve recarregar a estrutura se ela estiver vazia até que se realize o reparo.
Descrição: São danos graves que excedem significativamente os limites de segurança. Esses danos indicam que a capacidade de carga da estrutura está seriamente comprometida e há um risco iminente de colapso.
Ação Imediata: Esta é a prioridade máxima. A área afetada (o nível ou níveis danificados e, frequentemente, as baias adjacentes) deve ser imediatamente descarregada e isolada para impedir o acesso. O componente danificado NUNCA deve ser reutilizado ou reparado de forma improvisada.
Acompanhamento: O componente ou seção danificada deve ser substituído por um novo, original ou compatível e aprovado pelo fabricante, por pessoal qualificado. A área só pode ser liberada para uso após a conclusão do reparo e uma nova verificação de segurança. A EN 15635 é muito clara quanto à urgência e à proibição de uso nessas condições.
Para tornar mais palpável, vamos a alguns exemplos comuns no dia a dia de um armazém:
Conforme enfatizado pela EN 15635, manter um histórico detalhado de todas as inspeções, danos identificados (com fotos, localização e classificação), reparos realizados e componentes substituídos é fundamental. Esses registros:
Adotar essa sistemática de inspeção e classificação de danos, um dos principais legados da EN 15635, é um passo decisivo para um armazém mais seguro e eficiente.
Ao longo deste artigo, mergulhamos nos detalhes da norma europeia EN 15635 e vimos como sua filosofia e seus mecanismos práticos de segurança foram cruciais para inspirar e moldar a nossa ABNT NBR 17150-2.
Fica evidente que a EN 15635 não é apenas um documento técnico para prateleiras europeias; ela é um compêndio de boas práticas testadas e aprovadas que transcenderam fronteiras, trazendo um novo patamar de segurança para as operações de armazenagem globalmente, inclusive no Brasil.
A influência positiva da EN 15635 sobre a NBR 17150-2 é inegável. Conceitos como a designação do PRSES, o sistema de classificação de danos por níveis de risco e a metodologia estruturada de inspeções são heranças diretas que fortalecem significativamente a gestão da segurança em nossos armazéns.
Para nós, da NV Projetos, que lidamos diariamente com a realidade das estruturas metálicas, seja na concepção, na montagem através de uma empresa de montagem de porta paletes parceira, ou na consultoria para adequação, a clareza e a praticidade dessas normas são ferramentas indispensáveis.
É fundamental reforçar a mensagem de que a adesão a estas normas, especialmente à ABNT NBR 17150-2, não deve ser vista como um fardo ou uma mera obrigação burocrática.
Pelo contrário, é um investimento estratégico na segurança dos colaboradores, na integridade do patrimônio, na eficiência operacional e, em última análise, na sustentabilidade e reputação do negócio. Um armazém seguro é um armazém produtivo e confiável.
Portanto, o chamado à ação é claro: conclamamos todas as empresas brasileiras que utilizam sistemas de armazenagem a conhecerem, implementarem e aplicarem rigorosamente os requisitos da ABNT NBR 17150-2.
Que a experiência consolidada na EN 15635 e agora traduzida para nossa realidade sirva de guia para consolidarmos uma cultura de segurança robusta e permanente em todas as operações de armazenagem no Brasil. A segurança é uma responsabilidade compartilhada, e começa com o conhecimento e a aplicação das melhores práticas disponíveis.
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